Cinco pessoas, entre as quais um cidadão estrangeiro, foram presas em Benguela no passado dia 13, em posse de 30 toneladas de milho importado para a Reserva Estratégica Alimentar, pelo Serviço de Investigação Criminal, segundo uma nota do SIC enviada ao Repórter Angola.
O caso que levantou muitas perguntas sobre como foi possível efectuar esse desvio sem a colaboração de pessoas envolvidas no processo. tendo em conta que após assaltos de populares aos camiões de transporte estes estão geralmente sob protecção da polícia.
O oficial de investigação, que pediu anonimato, avançou que os cidadãos detidos, um deles eritreu, representam apenas "a demonstração da existência de uma rede que desvia enormes quantidades".
De acordo com o advogado do processo, Salomão Carlos, o Ministério Público, junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), em função das provas dos autos, entendeu restituir a liberdade dos cidadãos.
“O processo deve seguir os seus termos, com base nas investigações para que haja efectivamente a conexão objectiva dos factos apregoados pelo SIC em relação aos verdadeiros agentes que, provavelmente, terão feito o suposto desvio do milho”, disse o advogado, citado pela Rádio Nacional de Angola.
O advogado recorreu ainda à máxima, segundo a qual “é preciso investigar para prender e não prender para investigar”.
Outra fonte ligada à investigação revelou a VOA em Benguela, que o cidadão eritreu terá contactos comerciais com funcionários da empresa que recebe o milho, salientando que não se descarta a hipótese do produto ter saído dos armazéns, tendo em conta as quantidades envolvidas