Mesmo as previsões mais pessimistas não tinham vislumbrado uma tal degradação da situação epidemiológica, sublinhou Macron.
Um contexto que se verifica em todo o país, segundo o chefe de Estado.
As medidas tomada até ao momento revelaram-se insuficientes, afirmou Emmanuel Macron, com já nos hospitais a necessidade de cancelar operações planificadas para tratar de doentes do novo coronavírus.
O controlo da circulação do vírus não foi garantido, desde Agosto, com a mera aplicação dos gestos de protecção, nomeadamente, ou com o aumento do número de testes, acrescentou o presidente francês.
A França está submersa pela situação nas vésperas do inverno, uma segunda vaga que será mais dura do que a primeira, especificou ele.
É necessário, segundo o líder gaulês, uma travagem brutal às contaminações para não ter de se escolher entre tratar um doente de Covid-19 ou um paciente que sofre de outra patologia.
Macron salientou a necessidade de proteger tanto os idosos, como os jovens, como o pessoal de saúde, ou as categorias mais modestas.
O chefe de Estado admitiu a necessidade de proteger a economia francesa procurando um equilíbrio entre a saúde e a economia.
O chefe de Estado descartou aguardar-se pela imunidade colectiva que provocaria um aumento incontrolável da mortalidade.
Macron exclui também confinar apenas as pessoas idosas porque o vírus continuaria a alastrar a outras categorias.
Segundo ele apenas a realização de testes seria ineficaz para fazer face à pandemia, bem como o aumento das capacidades de reanimação nos hospitais.
As escolas vão manter-se abertas, bem como as unidades de cuidados continuados e certos estabelecimentos públicos.
Já as universidades vão ter aulas, sobretudo, online.
O confinamento foi, por isso, adoptado com a impossibilidade de circular além das deslocações entre o trabalho e o domicílio.
O teletrabalho será privilegiado em todo o território.
Uma tolerância será concedida ao regresso este fim de semana das férias de Todos os Santos.
Os estabelecimentos que recebem o público serão encerrados, incluindo bares e restaurantes, com ajudas que serão mobilizadas para as empresas e respectivos assalariados em lay off.
Os cemitérios manter-se-ão abertos, nesta época de finados.
Macron pediu o respeito da distância social, incluindo no meio familiar.
As fronteiras internas do espaço aéreo europeu manter-se-ão abertas, com a realização de testes rápidos à chegada do território francês.
Este dispositivo vigorará a partir da noite de quinta a sexta-feira e, no mínimo, até 1 de Dezembro.
O parlamento deverá validar o mesmo nesta quinta-feira, dia em que o governo deve apresentar o pormenor da respectiva aplicação.
A aplicação contra a Covid deverá ser descarregada tanto quanto possível.
Macron participará nesta quinta-feira em reuniões europeias visando esboçar um retrato do continente nesta luta comum.
O presidente francês alega que estes esforços deveriam permitir que os festejos de Natal e de Ano Novo decorressem de forma mais apaziguada.