Os antigos militares da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) passaram à vida civil em meados do ano passado, vindos das bases de Savane e Muxúngue na província de Sofala. Há três meses que não estão a receber subsídios, segundo o presidente da RENAMO, Ossufo Momade. Embora se diga preocupado com a situação, Momade adianta: “Dentro de dias vão ter os seus salários em dia. É um processo. Tivemos este problema, mas vai ser resolvido”.
Os ex-combatentes recusaram prestar declarações à reportagem da DW África por não terem autorização do partido para falar sobre o assunto. Sublinharam apenas que estão descontentes com o não pagamento dos subsídios e pediram uma intervenção urgente do Governo e do partido RENAMO.
Segundo o Governo, o atraso nos pagamentos terá sido por falta de fundos. Mas o problema já foi ultrapassado, assegurou Ossufo Momade na quarta-feira (09.06). “Neste momento já se reuniu os fundos e o próprio processo de DDR vai continuar, para que possamos alcançar outras bases.”
Atrasos na execução do DDR
O processo de DDR prevê desarmar, desmobilizar e reintegrar na sociedade perto de 5.200 ex-combatentes da RENAMO, que por vários anos lutaram contra o Governo central. Até ao momento, foram abrangidos perto de mil e trezentos homens armados do partido.